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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

[idas ao supermercado..]


Ela sai de casa, não tão produzida como sai para a noite.
Vadia as músicas que passam na rádio e envolve-se com a música, enquanto faz as curvas e contracurvas...
Finalmente chega, estaciona, pucha o travão de mão, sai do carro, tranca a porta...
e rapidamente esmiuça na sua cabeça os pedidos da sua mãe..
Por breves instantes pergunta-se:

"- Quando vou novamente comprar os produtos, os alimentos para mim, para o meu consumo? Preciso disso..."
Entra no supermercado, onde os olhos estão habituados a olhar tanta oferta do mesmo produto, sabe certamente o que precisa, a marca habitual, a quantidade...

Na charcutaria pede o chourição, o queijo e o fiambre... e fica incomodada com o olhar recebido... sente-se a corar... segue com a sua cesta e continua a sentir as suas passadas observadas....
por fim, com todas as comprar acondicionadas na cesta dirige-se à caixa...
e mais uma vez sente-se incomodada..
é revirada de cima para baixo, por um olhar estranho, penetrante, incomodativo...
Coloca todas as compras rapidamente em sacos de plastico, faz o pagamento, espera pelo troco,
e deseja o sair daquela porta, entrar no seu carro, chegar ao seu canto de casa...

Mas como se não bastasse o olhar, recebe ainda um sorriso (até bonito) e um toque estremecedor na mão quando recebe o troco...

Ela até podia achar engraçado todo este momento, e rir-se ao chegar ao carro [pensando da próxima vez junto com o troco ainda recebo um cartãozinho com o seu contacto, gargalhada]
e desejar uma próxima ida ao supermercado.

mas, hoje em dia onde está o profissionalismo?
onde está a lealdade? [sim, vivem relacionamentos]

Mais dois que fazem do género masculino, um género pouco sensato.
Ainda bem há pouco tempo achava uma idiotice, a existências das caixas de supermercado automáticas, sem a necessidade da/o menina/o da caixa,
até porque quanto mais tecnologias, menos é a hipótese de emprego dos jovens desempregados, que parece que não, mas esta alternativa nos supermercados, abarca uma grande quantidade de jovens licenciados sem emprego... Acreditava na importância da simpatia de alguem que por detrás de uma caixa registadora, transmitia ao comprador... Mas hoje em dia está a perder-se este valor... Muitas das pessoas que fazem este trabalho, são pessoas que se sentem frustradas.. o que não é de admirar, certamente não era o que desejavam fazer...
Cada vez é mais comum os antipáticos, os mal educados, os oportunistas, os engatatões... e por aí fora...
Talvez a caixa automática..................

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